Meus caros, nosso país está realmente mudando. Contrariando interesses socioeconômicos medularmente arraigados em parte de nossa gente - nem sempre consciente deles, é verdade, mas nem por isso imune aos seus efeitos colaterais - nosso país começa, sim, a dar oportunidades efetivas de desenvolvimento para a parcela mais sofrida de seu povo. Nesse sentido, doa a quem doer, graças ao (dito) ignorante, (alegado) analfabeto, e (autoaclamado) operário Lula.
Tomou posse semana passada o reitor da nova Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (veja o link:http://blog-unilab.blogspot.com/). A Instituição Federal terá sede no Ceará (em Redenção, a 60 km de Fortaleza) e receberá alunos brasileiros e de todos os países falantes de língua portuguesa, principalmente os africanos.
Haverá, é claro, quem pergunte por que criar uma universidade federal tão perto da sede de outra, a UFC, neste caso; afirmarão até se tratar de mau uso do erário, ou de medida eleitoreira. Esquecem-se de que uma universidade se define por seus objetivos, e os da UNILAB são significativamente diferentes dos da UFC. Além disso, afora os ganhos educacionais, culturais, sociais e econômicos que uma Instituição Federal de Ensino Superior acarreta, o patrimônio político que essa universidade agregará para o Brasil é ainda incalculável. Bem gerida, independente, compromissada com Ensino de qualidade, Pesquisa de ponta, e Extensão engajada e madura, a nova IF tem tudo para, daqui a alguns anos, tornar-se referência internacional, tanto quanto as mais renomadas escolas do mundo.
Não acho que eu esteja sendo leviano nem ufanista pensando na UNILAB como um grande centro difusor de cultura, catalisando, desenvolvendo e municiando inteligências que, historicamente, o Brasil, a América Latina e a África temos desperdiçado, por não possibilitarmos suas sobrevivência e expansão, mas acreditarmos cegamente em que as desigualdades sociais sejam naturais, no sentido mais darwiniano e neoliberal do termo.
Como se vê, um milagre parece mesmo estar se operando no Brasil. Coisa que doutor (honoris causa, inclusive) não pôde fazer. Coisa de operário.
Aê, professor Luciano! Muito bem falado, isto é, escrito (rs), este seu artigo, aliás, revelador e preciso, acerca desse (mais um) marco do conhecimento brasileiro promovido pelo gov.lula!
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