Sou professor. Quer dizer: estudei e sou pago para ensinar, para declarar publicamente as coisas que aprendi; sou alguém que faz da divulgação daquilo que estudou uma prática, um rito. Ou uma "religião" - na visão dos românticos defensores da tese "magistério é sacerdócio". É na condição de professor que me vejo aqui, de novo, em pleno exercício do "textão". Porque, sinceramente, dói ver tanta gente repetindo a torto e a direito tanta bobagem sobre "educação", "escola" e, principalmente, sobre "ideologia". Cansei de apanhar quieto. Não vou ficar plagiando dicionários. Qualquer pessoa com um mínimo de boa vontade e honestidade intelectual procura algum deles antes de abrir a boca para usar uma palavra como se fosse sua íntima. Também não vou bancar o sociólogo - o que não sou, por sorte ou azar. Vou falar nisso da perspectiva que minha formação permite: a de um profissional de educação com boa formação acadêmica
Alguns lugares, à primeira vista, encantam. Então chegamos mais perto e, bem de perto, muitas vezes vemos que eles não têm nem beleza nem feiúra; que, na verdade, não repelem, tampouco atraem, não dizem nem calam. Entendemos, enfim, que existem lugares vazios até de negativas. Com muitas pessoas pessoas acontece exatamente o mesmo. Deus me livre!