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Mostrando postagens de maio, 2015

Agora é José!

A festa acabou: o escravo não veio a mucama não veio o palhaço não veio o silêncio gritou o crioulo falou a bola furou o circo partiu o pão velho mofou o antigo bolo – a crescer e então ser dividido – solou e tudo parou e tudo ruiu e tudo mudou! Agora é José! Nem se você gritasse? Nem se você gemesse? Nem se você tocasse a valsa vienense? Não. Agora é José! José que tem dente José que não mente José que é gente que sente, potente, que é inteligente e afinal entende o papel de mané indigente antes pregado à sua testa: não lhe presta, não lhe rende, só o vende barato. Chega! Agora é José! José orgulhoso José altivo José só de si cativo cioso e redivivo Moto-contínuo progresso impresso no rosto liso, sereno ou teso de todo e cada ex-qualquer-um que hoje bate no peito e diz: Agora é José!

Entre sem bater

Sou um professor. Sobretudo – mas não só – por isso, eu também me sinto violentado pelo governo paranaense. Violentado, reajo. Sou de Letras; não tenho formação acadêmica em Ciências Sociais, ou em Ciência Política, nem em História... Mas sempre tive muitos bons professores, tanto nos colégios por que passei, quanto nas várias instituições de ensino superior de que fui aluno. Além disso, já há alguns anos posso dizer, sem medo, que tenho a amizade e a consideração de alguns dos melhores professores (pesquisadores e/ou profissionais da Educação em geral, enfim) do país, espalhados por instituições como CPII, CMRJ, CEFET, Uerj, UFF, UFRJ, UFSC, UFFS, UFG, UFSM, UFMG, UFU, PUC-Rio, entre outras. Arrisco-me a afirmar, também sem medo, que esta minha reação – que, em grande medida, só é possível graças ao que aprendi com esses amigos – traz em si coisas com as quais eles concordarão. Sou alguém a quem ensinaram a ler. “Ler” numa acepção que vai muito além da decodificação dos sin