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Mostrando postagens de abril, 2012

A herança rítmica do intérprete

O título deste texto é uma quase-paráfrase do que dei a um outro, científico, publicado recentemente pela Revista Boitatá (do Grupo de Trabalho de Literatura Oral e Popular da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Letras e Linguística – ANPOLL - disponível em < http://www.uel.br/revistas/boitata/volume-12-2011/B1214.pdf >). Naquele,  bem como em outros textos oriundos da pesquisa de doutoramento que desenvolvo atualmente,  assumi o risco de relacionar a voz dos intérpretes de sambas-enredo das escolas de samba do Rio de  Janeiro a uma herança mítica que os eleva à condição de poderosos heróis sobre-humanos, de  semideuses, como Orpheu e Íon – ambos filhos de Apolo, o deus da Arte na mitologia grega. O fio  condutor para desenvolver esse argumento foi a observação dos “gritos de guerra” desses cantores à  frente de suas escolas num momento crucial do desfile oficial. Naquele instante, o cantor está com  o microfone nas mãos e absolutamente só