Ancorei minhas esperanças na espera de tuas ancas. Cá estou. Dispenso carinhos supérfluos - nada de vênias, pelúcias, danças... -: só beijo, molejo e arquejo. Tudo sanguineamente ritmado por tuas ancas. Pois é nelas que começo meu mergulho rumo ao meio de tuas coxas grossas. Longe delas só há erro; só no seu úmido submundo se é rei. Se errei? Sin. Mas foi só por sabor seu saber. E por só no fundo super-úmido de tua platônica caver n a eu querer ser sombra (se não, sou sobra, resto irreal). Então cessa logo essa nossa espera, ou me desancas... Mas, se me dizes "Ancas!", me tens reto e direto, concreto. E vou.
Alguns lugares, à primeira vista, encantam. Então chegamos mais perto e, bem de perto, muitas vezes vemos que eles não têm nem beleza nem feiúra; que, na verdade, não repelem, tampouco atraem, não dizem nem calam. Entendemos, enfim, que existem lugares vazios até de negativas. Com muitas pessoas pessoas acontece exatamente o mesmo. Deus me livre!