Me arrisco a dizer que a maioria
das salas de professores no Brasil sempre se dividiu de maneira clara e não
equânime em dois grupos distintos de profissionais: os tristes e os utópicos.
De tempos em tempos a quantidade de integrantes em cada um desses grupos se alterna
significativamente, num processo às vezes lento, outras vezes, nem tanto.
Os tristes eram aqueles que, a despeito da idade, já tinham se deixado abater por algumas dificuldades inerentes à docência: a relativamente comum falta de interesse de alguns alunos, a constante correria entre uma escola e outra, a exaustão gerada por um trabalho que não se deixa para trás e que nunca termina... Negligenciados, todos esses fatores levam de fato qualquer um à fadiga; associados a salários injustos (quando não humilhantes), esses mesmos fatores com facilidade conduzem o profissional a um estado bastante compreensível de tristeza constante e até de certo rancor.
Como espécie de antídoto à melancolia dos tristes, sempre houve os ut…
Os tristes eram aqueles que, a despeito da idade, já tinham se deixado abater por algumas dificuldades inerentes à docência: a relativamente comum falta de interesse de alguns alunos, a constante correria entre uma escola e outra, a exaustão gerada por um trabalho que não se deixa para trás e que nunca termina... Negligenciados, todos esses fatores levam de fato qualquer um à fadiga; associados a salários injustos (quando não humilhantes), esses mesmos fatores com facilidade conduzem o profissional a um estado bastante compreensível de tristeza constante e até de certo rancor.
Como espécie de antídoto à melancolia dos tristes, sempre houve os ut…