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Mostrando postagens de março, 2018

Caridade e violência

           Em meio a assaltos, arrastões, balas perdidas, tiroteios, sequestros-relâmpago, tráfico de drogas e crimes de colarinho branco por toda parte, é bastante difícil compreender e praticar a caridade – ampla e irrestrita, como a maioria das religiões prega, aquela sem a qual espíritas e umbandistas acreditam que “não há salvação”. Ainda assim, ou justamente por isso, é importantíssimo pensar sobre o assunto de maneira lúcida, cuidadosa. Essa é a condição para fugir da simplificação tola, da incoerência e, no limite, da pura reprodução do mal. Vivemos tempos muito difíceis, é certo. Entretanto, é engano pensar que “nunca vivemos tempos tão difíceis”, porque “antigamente a violência não era tanta”, hoje “já não se tem mais respeito por nada” e “os valores estão perdidos”... Nada disso é verdade. Quem diz isso olha só para o presente e se esquece, por exemplo, de que, no Brasil, há pouco mais de 130 anos, era legal e comum açoitar pessoas escravizadas; há 60 ou 50 anos ta