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Mostrando postagens de setembro, 2015

Mal querer

A boca que vejo não me beija se só bem me quer. Querer bem é bem pouco prum bom beijo  - louco... (logo logo longo licorino lustro latejante) Querer bem é bem pouco. Prum bom beijo é preciso um quê de mal querer: de mal querer esperar, mal querer entender, mal querer resistir, mal querer convencer do óbvio: que não tem mal na gente só querer.

"Fazer amor"... "ou não".

                  "Fazer amor" só faz realmente sentido em manhãs chuvosas e mais ou menos frias de domingo.        É claro que é possível e (com alguma sorte) muito bom manter relações sexuais, transar em quaisquer outros dias e horários. Não nego, em absoluto, as delícias que noites quentes e convulsas de sextas ou sábados podem reservar, nem o êxtase instantâneo que um corre-corre em horário comercial é capaz de promover - sobretudo se no intervalo do almoço de uma segunda-feira armagedônica, por exemplo. Não nego o potencial desses prazeres, repito. Mas afirmo: momentos assim não se comparam ao "fazer amor". "Fazer amor" só é literalmente possível na moldura de uma manhã chuvosa e temperada de domingo, quando dia e noite se aconchegam em finos lençóis de névoa úmida e fria, e até a luz do sol reluta em se apartar das ventosas felpudas da penumbra, tímida.         Nessas manhãs perfeitas para o amor ser feito, frio e chuva não são intensos. A